Nos últimos anos apaixonou-se pelo futebol de alguma equipa?
«Sim, pelo Barcelona de Pep Guardiola. Sobretudo por ter demonstrado ao mundo o prazer que é possível ter com uma bola nos pés. Se tivermos a bola, o adversário não a tem. E não só por isso. Se perdem a posse, recuperam na perfeição a posição defensiva e recuperam a bola com facilidade. Além do Barcelona, tenho de elogiar o Borussia Dortmund. Seja como for, nos últimos anos todas as equipas ficaram muito longe desse Barcelona».
Os adeptos puristas do futebol querem mais equipas como esse Barcelona? Ou, se preferir, quem gosta de futebol gosta desse Barça?
«Eu creio que sim, mas todas as opiniões são válidas. Por um simples motivo: o futebol não é uma ciência exata e está aberto às mais variadas influências. Tudo é aceitável. Do meu ponto de vista, não há dúvidas: o Barcelona é a melhor equipa da última década».
A sua carreira é longa. Falta-lhe algum clube no currículo? Gostava de ter jogado em algum clube e não teve essa oportunidade?
«Sim, lembro-me imediatamente de alguns (risos). Mas sou, antes de mais, agradecido às equipas que me acolheram e trataram de forma fantástica. Adorei jogar nos clubes em que joguei [River Plate, Valência, Saragoça e Benfica] e serei para sempre grato a todos eles. Isso é o mais importante de sentir e dizer».
Teve colegas de equipa admiráveis e defrontou os melhores do mundo. Destes últimos destaca algum? Quem foi o adversário mais perigoso?
«O rival que mais admirei foi Messi. Diria até que os futebolistas jogam uma coisa e Messi joga outra. É completamente distinto de todos os outros. Tem a bola impregnada no seu corpo, na sua pele. Depois, talvez Riquelme, Zidane, Lucho, Figo, Cristiano Ronaldo, Rivaldo, todos enormes futebolistas».
E Messi até é seu fã...
«Que orgulho, Dios mío. Só lhe posso agradecer por ele sentir isso».
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